Mudar o
mundo através do conhecimento
Um
programa de bolsas de estudo do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD)
encoraja jovens que querem assumir responsabilidade, como Felipe Bley Folly, do
Brasil.
28.
Dezembro 2015
Pesquisar na torre de marfim
acadêmica é impensável para Felipe Bley Folly. “Estudei Direito para mudar o
mundo”, diz o brasileiro de trinta anos. Durante seu tempo universitário em
Curitiba, ele ajudou muitas comunidades na formação em direitos humanos,
trabalhando depois numa organização de direitos humanos.
“O diálogo entre a teoria e a prática é muito importante para mim”. Por isso,
ele veio estudar na Universität Osnabrück, em 2013, como bolsista do Serviço Alemão de
Intercâmbio Acadêmico (DAAD) no “Programm Public Policy and Good Governance”
(PPGG).
Este programa do DAAD tem por
objetivo o aperfeiçoamento de futuros executivos da política, justiça, economia
e administração, preparando-os, assim, para seu trabalho posterior. Depois do
seu aperfeiçoamento, eles deverão contribuir nas suas pátrias para um bom
funcionamento do governo e das estruturas da sociedade civil.
Os concorrentes – formandos ou
jovens profissionais com primeiras experiências, da África, América Latina,
Ásia e do Oriente Médio e Próximo – podem escolher entre diferentes cursos
universitários de mestrado em oito universidades alemãs.
Felipe Bley Folly escolheu o curso universitário “Governar democraticamente e a
sociedade civil”, em Osnabrück, abandonando, para isso, um projeto de dissertação.
Ele não se arrependeu de ter tomado essa decisão: “Foi bom mudar a perspectiva
e ver o tema dos direitos humanos não só da perspectiva jurídica,
mas também política”, diz o jovem brasileiro. “Desta maneira consegui
compreender muito melhor o papel dos movimentos sociais e da sociedade civil”.
Dos trinta estudantes do mesmo
ano, mais de dez foram bolsistas do PPGG. “O estudo com pessoas vindas do
Egito, da Uganda, do Paquistão ou da Etiópia me deixou bem claro que muitos dos
problemas dos diversos países são parecidos”, diz o jurista. “Mas o intercâmbio
com os colegas alemães também foi importante”. Bley Folly não teve problema com
a língua, pois tinha feito antes um curso de aprofundamento em Berlim. Os
bolsistas com pouco conhecimento da língua alemã fazem, antes do estudo, um
curso de língua de seis meses. De acordo com o programa escolhido, as aulas
universitárias para um curso de mestrado são em alemão, em inglês ou em ambas
as línguas.
O DAAD dispõe de uma ótima
assistência aos bolsistas, com uma semana de orientação em Bonn, com encontros
e seminários de fins de semana. O interesse no programa é grande. Para as 94
vagas de estudo, que o DAAD distribuiu em 2014, concorreram cerca de
1300 jovens.
Depois de ter concluído seu
estudo, no outono europeu de 2015, Felipe Bley Folly continuou ganhando
experiências na Alemanha, trabalhando, agora, em Heidelberg para a FIAN, uma
ONG que luta pelo direito à alimentação. Ele gosta muito de trabalhar no setor
dos direitos humanos, diz Bley Folly: “E posso fazer isso em todo lugar do
mundo”. ▪
Martin Reischke
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