'Não é
necessário usar armas nucleares no espaço, há outros métodos'
© AP Photo/ Goddard Space Flight Center/NASA
13:44
16.02.2016(atualizado 14:07 16.02.2016) URL curta
Na opinião do diretor do Instituto russo de
Astronomia, Boris Shustov, por causa do grande volume de lixo espacial, os
países que desenvolvem programas espaciais poderão ser privados do acesso ao
espaço daqui a 10-20 anos.
“O espaço em órbita está tão poluído que não
poderemos avançar mais no espaço. Todos os fragmentos de detritos espaciais se
movem à velocidade de alguns milhares de quilómetros por hora e possuem uma
força colossal. Com esta velocidade, um grão de areia obtém a força de uma
bala”, disse Shustov.
Segundo os dados de cientistas russos, em órbita da
Terra podem ficar cerca de 750 milhões de objetos artificiais menos de 1
milímetro. Shustov afirmou que especialistas consideram vários meios para lutar
contra o lixo espacial, inclusive armas nucleares.
“Mas isso é absurdo e não é
necessário. É o mesmo que gastar pólvora em salvas. Por isso, os cientistas
elaboram novos métodos de captura do lixo espacial com uma rede ou até por meio
de lazer”, disse.
A situação agrava-se pelo fato de
as colisões de detritos levarem a novos pedaços, que por sua vez colidem e
se multiplicam. Estes pedaços constituem uma ameaça aos satélites e Estação
Espacial Internacional.
© Foto:
Shutterstock.com/Andrey VP
Lixo
espacial
“A perda de um satélite é a perda
de muito dinheiro e implica novas despesas para produzir e lançar um novo
satélite. Isso leva muito tempo”, sublinhou o chefe do programa científico de
coleta e análise de informações sobre detritos espaciais, Vladimir Agapov.
O especialista afirmou que há muito projetos de
retirar o lixo do espaço – captura física, retirada usando rebocadores,
sistemas de cabos eletromagnéticos. Entretanto, todos eles são somente
projetos. A sua concretização depende de vários fatores. O primeiro é a parte
da engenharia, dos sistemas complicados devem ser criados. O segundo é a
segurança. Para retirar o lixo é preciso não tocar nos satélites em
funcionamento. O terceiro é o aspeto jurídico. Todos os objetos industriais no
espaço pertencem a algum país, consequentemente, será preciso receber uma
licença para retirá-lo do espaço.
Agora há uma regra segundo a qual
todos os países que têm programas espaciais são obrigados a retirar de órbita
os seus dispositivos que já estão fora de serviço, mas esta norma não é
ideal.Os cientistas pensam que a resolução do problema pode consistir em limpar
o espaço através do desenvolvimento de novos tipos de energia e sistemas de
laser.
Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20160216/3593457/armas-nucleares-espaco-lixo.html#ixzz41rYfrwhz
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