Blocos alternativos
atraem jovens no carnaval de Brasília
- 27/02/2017 19h03
- 27/02/2017 19h03
- Brasília
Yara
Aquino - Repórter da Agência Brasil
Blocos de carnaval alternativos
como o Aparelhinho e o Bloco das Divinas Tetas reúnem um público jovem desde o
final da tarde de hoje (27), em Brasília. O local da concentração é o Setor
Bancário Sul onde ficam instituições financeira e por onde normalmente circulam
trabalhadores vestidos com roupas sociais. Mas hoje, o local foi tomado por
foliões com fantasias de super heróis, sereia, xeique árabe e pessoas com
perucas coloridas, roupas brilhosas e meia arrastão.
No segundo ano de carnaval em
Brasília, o Bloco das Divinas Tetas espera reunir cerca de 20 mil foliões para
dançar ritmos variados, entre eles músicas do movimento Tropicália de artistas
com Caetano Veloso, Gilberto Gil Tom Zé e Mutantes. “No ano passado a festa
atraiu mais de 10 mil pessoas, bem mais do que esperávamos, então para
este ano a estrutura já dobrou de tamanho”, disse Aloísio Michael, vocalista do
Divinas Tetas. Ele conta que além dos ritmos da Tropicália, a banda toca
maracatu, samba, rock e outros.
O Bloco das Divinas Tetas espera reunir cerca de 20
mil foliões para dançar ritmos variados, entre eles músicas do movimento
Tropicália Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Divinas Tetas foi criado no
final de 2015 por amigos da cena musical independente de rock que
resolveram fazer um bloco de carnaval homenageando os artistas da Tropicália. O
nome veio da música Vaca Profana, da cantora Gal Costa.
A estudante de design
Nayara Santos, 21 anos, esteve no Divinas Tetas no ano passado e agora repetir
a dose. “É um carnaval com ritmos variados e muito animado. É bom ter
diversidade no carnaval da cidade e opções para todos os gostos”, disse.
Aparelhinho
Por volta das 17h o som começou a
ecoar do carrinho de madeira do bloco Aparelhinho e animou o público
predominantemente jovem que já estava concentrado no Setor Bancário Sul. Desde
2012 o bloco desfila na segunda-feira de carnaval com a proposta de levar aos
foliões um som feito por DJs. São eles que conduzem um carrinho de madeira
feito a mão com espaço para abrigar as caixas de som, equipamento de iluminação
e um gerador.
O Aparelhinho foi um dos primeiros blocos
alternativos que surgiu em Brasília, e espera arrastar 10 mil pessoas Marcelo
Camargo/Agência Brasil
O bloco dá a volta no Setor
Bancário Sul e espera arrastar 10 mil pessoas. “O Aparelhinho foi um dos
primeiros blocos alternativos que surgiu em Brasília. Desde então o carnaval da
cidade cresceu muito e tem que crescer mais para que as pessoas não precisem
sair de Brasília para se divertir”, disse a produtora cultural do Aparelhinho,
Paula Rios.
O auxiliar de contabilidade
Marcos Paixão, 23 anos, veio com amigos conhecer o som do Aparelhinho e disse
que gostou do que viu. “A democratização dos ritmos no carnaval é importante
pra quem não gosta só de samba ou axé. E isto temos aqui”, avaliou.
Edição: Valéria
Aguiar
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