Atletas
paralímpicos do atletismo chegam entusiasmados para a Rio 2016
- 04/09/2016
19h02
- Rio
de Janeiro
Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil*
Atletas
brasileiros paralímpicos desembarcam no Aeroporto Internacional Tom
Jobim/RioGaleão Tomaz Silva/Agência Brasil
A
delegação mais premiada do esporte paralímpico no país, a do atletismo,
desembarcou hoje (4) no aeroporto internacional do Galeão/Tom Jobim, no Rio de
Janeiro. Vinda da concentração em São Paulo, a equipe, que conta com os
velocistas Yohansson Nascimento e Terezinha Guilhermina, chegou junto com as
delegações de triathlon e bocha e já seguiu para a Vila dos Atletas. A estreia
do time será na próxima quinta-feira (8), no Estádio do Engenhão.
A
abertura da competição, no Estádio do Maracanã, será na quarta-feira (7) e o
encerramento dia 18.))Tomaz Silva/Agência Brasil
Bastante
assediado na chegada, Yohansson, que foi ouro nos 200 metros e prata no
revezamento 4x100 metros na paralimpíada de Londres, além de ter sido bronze
nos 100 metros, em Pequim, espera comemorar seu aniversário, no final de
setembro, com mais medalhas.
O velocista
Yohansson Nascimento fala Tomaz Silva/Agência Brasil
"Tem
um atleta que eu quero muito ganhar dele, ele é de Maceió, Alagoas, o nome dele
é Yohansson, a minha maior preocupação é com ele", brincou. "Quero
estar nas pistas fazendo uma boa marca e não me preocupar com adversários. Sei
que estou preparado para meu melhor".
Também
familiarizada com o pódio desde os jogos de Atenas, em 2004, e atual recordista
mundial nos 100 metros e 400 metros, a recordista Terezinha Guilhermina disse
que resolveu pintar o cabelo de azul para garantir que o público consiga vê-la.
Com seis medalhas em paralimpídas e doze em mundiais, ela espera inspirar uma
nova geração de atletas.
“Independente
de ter alguma limitação somos capazes de fazer as coisas tão bem quanto
qualquer outra pessoa, um pouco diferente, mas tão bem quanto, somos capazes de
sonhar, de realizar esses sonhos e de motivar outras pessoas a fazerem o
mesmo”, incentivou.
Ansiosa
para sua quarta participação, Rosinha Santos, atleta do arremesso de peso, que
superou um câncer para conseguir estar na competição, ressaltou o bom momento
do esporte paralímpico no Brasil, com investimentos que possibilitaram um
treinamento de ponta.
"As
pessoas falam tanto em superação, mas assim como na olimpíada, na paralimpíada
não tem essa de superação, tem treino, se você treinar, não tem essa de superar",
disse ela, que já carrega duas medalhas de ouro, quando conquistou o primeiro
lugar no pódio, em Sydney, em 2000.
Os atletas
desembarcaram animados, no GaleãoTomaz Silva/Agência Brasil
Técnica
de Rosinha há doze anos, Valquíria Campelo deseja mais que sorte aos atletas.
No desembarque, aproveitou para defender que boa marca de investimentos
continue mesmo depois dos Jogos Rio 2016. "Cada ciclo de paralímpiada é um
ciclo renovador. O resultado desse ciclo vai ser bem melhor que o de Londres. E
um vai ajudando o outro", disse. "A esperança é que a gente consiga
dar continuidade para o ciclo de Tóquio (em 2020), completou.
Ao todo,
incluindo os estrangeiros, eles serão 4,3 mil na Vila dos AtletasTomaz
Silva/Agência Brasil
Com
61 atletas, o atletismo é a modalidade em que o Brasil conquistou mais medalhas
até hoje e terá papel fundamental para o bom despenho do país, que esperava
ficar no 5º lugar no ranking de medalhas. A expectativa do Comitê Paralímpico
Brasileiro é ganhar entre 11 e 14 medalhas de ouro nas competições. Desde 1984,
a modalidade conquistou 109 medalhas em Jogos Paralímpicos, sendo 32 de ouro,
47 de prata e 30 de bronze.
O
Rio de Janeiro recebe os atletas da paralimpíada o desde a última quarta-feira
(31). Ao todo, incluindo os estrangeiros, eles serão 4,3 mil na Vila dos
Atletas. A abertura da competição, no Estádio do Maracanã, será na quarta-feira
(7) e o encerramento dia 18.
* Colaborou a repórter Tâmara Freire, do Radiojornalismo
Edição: Maria Claudia
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