Economia alemã recuou 5% em 2020 devido à pandemia
Devido ao lockdown, economistas preveem que recuperação da economia alemã só começara no terceiro ou quarto semestre |
Paralisações forçadas pelo novo coronavírus provocaram uma queda do PIB alemão apenas pouco inferior à gerada pela crise econômica global de 2009. Segundo economistas, recuperação não deverá chegar antes do fim de 2021.
As restrições ditadas pela
pandemia de covid-19 resultaram em profunda recessão na Alemanha. Segundo uma
primeira avaliação do Departamento Federal de Estatísticas, a economia do
país encolheu 5% em 2020.
Assim, os estatísticos confirmam
que a Alemanha resvalou para uma profunda crise conjuntural, como já estava
claro desde o segundo trimestre do ano. Em março e abril de 2020, partes da
economia alemã ficaram paralisadas. O mesmo ocorreu em outras grandes
economias: fronteiras foram fechadas e cadeias de abastecimento, interrompidas.
Apesar de uma recuperação se
esboçar em meados do ano, no trimestre seguinte, diante do aumento do número de
infecções com o novo coronavírus, impuseram-se novas restrições à vida
econômica e social, apesar de as fronteiras permaneceram abertas.
A economia do país só sofreu mais
durante a crise econômica e financeira global de 2009, quando o Produto Interno
Bruto (PIB) caiu 5,7%.
Perspectivas de recuperação em
2021
Pela primeira vez desde 2011, a
Alemanha acusou déficit orçamentário. Segundo o Departamento de Estatísticas, a
federação, estados, municípios e seguros sociais gastaram 158,2 bilhões de
euros além do que arrecadaram.
Em relação ao desempenho
econômico total, o déficit foi de 4,8%, o maior desde a Reunificação alemã, em
1990, apenas superado pelo recorde negativo de 1995, quando os cofres públicos
assumiram as dívidas da holding estatal Treuhandanstalt,
encarregada de administrar, liquidar e privatizar o patrimônio da extinta
República Democrática Alemã (RDA), sob governo comunista.
Considerando o confinamento
continuado e enrijecido na Alemanha e em outras nações europeias,
economistas partem do princípio que a esperada recuperação da economia só
começará no terceiro ou quarto trimestre deste ano.
Para esse prognóstico, eles apontam
dois fatores: por um lado, nos próximos meses o congestionamento da demanda
deverá ser liberado; por outro, haverá o apoio das muitas centenas de bilhões
de euros de ajuda do governo federal e do Banco Central Europeu (BCE). Desse
modo, 2021 deverá fechar com um forte crescimento, mesmo que os níveis
pré-pandemia de atividade econômica só devam ser alcançados no fim do ano.
Noticia: dw.com
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